Com a repercussão, ele passou a ser alvo de ameaças e mensagens homofóbicas na internet. Como reação, na segunda-feira (9), o ator publicou uma carta aberta na internet, na qual comenta o caso e critica a homofobia no Brasil. No texto, Vieira diz que o homem com quem foi clicado é um amigo e que, durante a celebração, o beijo acabou "acontecendo" de forma natural.
;Acabamos nos beijando. Um fotógrafo não perdeu a oportunidade e disparou uma rajada de cliques, registrando a situação. O que era para ser um momento meu, acabou se tornando público;, conta. Ele também afirma que não estava saindo do armário, porque nunca esteve em um. "Nunca fui um enrustido. Meus pais souberam da minha orientação sexual desde quando eu ainda era muito jovem."
Toni Reis, ativista dos direitos humanos e presidente fundador da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), comenta sobre a atitude do ator. ;Parabenizo a atitude do Leonardo, de vir a público falar e se posicionar sobre o ocorrido. Haverá pessoas que vão criticar, sempre irá ter. Mas a atitude dele ajudará outras pessoas que enfrentam casos parecidos;, expõe Toni. Depois da intolerância, contudo, as mensagens de apoio começaram a dominar os comentários nas redes sociais de Vieira.
Após a publicação da carta, Vieira procurou, ainda na segunda-feira, a delegacia. "Vim para prestar queixa sobre os ataques homofóbicos que estou recebendo. A delegacia tem instrumentos para identificar essas pessoas", explicou à imprensa.
Toni Reis reforça a necessidade de registrar as ocorrências de homofobia. ;É fundamental que as pessoas denunciem. Temos o disque 100, que registra denúncias de crimes de ódio;. O deputado Jean Wyllys (PSOL ; RJ) demonstrou solidariedade ao ator pelas redes sociais. Em nota o deputado lamenta que o ator esteja sendo exposto dessa forma e acrescenta: ;Leonardo Vieira é um cidadão e um ator que merece respeito às suas escolhas e à sua privacidade. Todos merecemos! Reitero aqui minha admiração e minha solidariedade;.
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