[SAIBAMAIS]Em junho, Camilo Gornati, um dos responsáveis pelo sistema de informática do "departamento de propina" da empreiteira, afirmou ao juiz federal Sérgio Moro que a empresa mantinha seu servidor na Suíça "por questão de segurança".
Os dados contidos no equipamento não são os mesmo que a Suíça enviou ao Brasil no mês passado, quando cerca de 2 mil páginas foram enviadas aos procuradores do País. As informações contidas no servidor são consideradas "fundamentais" pelos investigadores para confirmar eventuais depoimentos de delatores da Odebrecht.
A Lava Jato espera conseguir acesso aos dados e aguarda pela homologação dos acordos de delação para solicitar o envio do servidor.
Os investigadores suíços suspeitam que o equipamento permitiu fazer várias movimentações bancárias suspeitas. Outra característica desse sistema foi o uso de diversos bancos suíços Foram justamente essas as informações que foram enviadas ao Brasil. Outra constatação é de que, graças a esse sistema, recursos ilegais foram enviados a contas que beneficiariam políticos brasileiros e ex-diretores da Petrobras.
As investigações apontaram ainda que os recursos alimentavam campanhas eleitorais. Segundo a Suíça, os dados indicam ligação da Odebrecht com contas de campanhas eleitorais fora do Brasil. As principais suspeitas recaem sobre o Panamá e outros países latino-americanos.
Por Agência Estado