El Jundi atuou como assistente no exame de exumação feito nos restos mortais do empresário. Em seu parecer, o legista analisou o possível trajeto da bala. "Implica a destruição do bulbo. Há duas consequências: a parada de todas as funções neurológicas e a destruição do controle respiratório", afirmou El Jundi. "Eu não tenho nenhuma dúvida pela morte cerebral. Para efeitos práticos, a morte foi instantânea."
[SAIBAMAIS]Segundo o legista, a munição usada por Elize é do tipo expansível, que aumenta o diâmetro do orifício provocado pelo tiro e também provoca maior impacto. "É um tipo de munição de defesa, o objetivo é pegar toda a energia cinética e descarregar no alvo."
A interpretação de El Jundi diverge da análise feita pelo perito Carlos Alberto de Souza Coelho, que também atuou como assistente na exumação. Para Coelho, que depôs na quinta-feira, 1;, Marcos não teve morte instantânea. O perito responsável pelo laudo do exame, Ruggero Bernardo Felice Giudugli, inicialmente chamado pela defesa, foi dispensado do julgamento.
Segundo El Jundi, também não é possível precisar a distância que o disparo foi feito sem exame laboratorial. Outros peritos disseram que o tiro foi dado à curta distância, já que o cadáver apresentava "tatuagem", uma espécie de queimadura, na região da bala.
A exumação de Marcos Matsunaga foi feita à pedido da defesa, que alegou divergências no laudo necroscópico.
Por Agência Estado