Segundo a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, nos dois dias de prova, as abstenções chegaram a 30% dos 8,3 milhões que podiam fazer a prova neste fim de semana.
A taxa aumentou 2,4 pontos percentuais em relação a 2015, quando a abstenção ficou em 27,6%. O Distrito Federal teve uma taxa de ausência de 31,8%. O estado com maior índice de abstenção foi o Amazonas, e o menor, o Piauí.
O gabarito oficial será publicado na quarta-feira (9/11), e o resultado final será conhecido em 19 de janeiro.
Ainda segundo Fini, 768 inscritos foram eliminados por descumprimento das regras gerais. Sete candidatos se recusaram a fazer a identificação biométrica e também foram eliminados. Houve ainda cinco emergências médicas em todo o Brasil.
Para o ministro da educação, Mendonça Filho, o Enem foi um sucesso. "Houve dúvidas sobre a possibilidade de sucesso, mas conseguimos fazer com que 97% dos inscritos fizessem o Enem", afirmou.
Próxima etapa
Nos próximos dias 3 e 4, farão a prova 271.033 candidatos, que tiveram a prova adiada devido às ocupações nas escolas e universidades contra a PEC 241 e a reforma do ensino médio. O exame será aplicado para pessoas privadas de liberdade em 13 e 14 de dezembro.
Mendonça Filho defendeu o adiamento, criticado pelo movimento estudantil, que interpretou a decisão como uma forma de o MEC colocar os candidatos contra as manifestações. "O adiamento foi a solução mais segura, muito pensada. Qualquer outra alternativa poderia prejudicar o Enem para todos", defendeu.