Com o fim do prazo definido pelo Ministério da Educação para que os estudantes secundaristas saiam das escolas ocupadas em todo o país, a expectativa é que 95 mil alunos não façam o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) no próximo fim de semana. O MEC estuda aplicar o exame em 6 e 7 de dezembro (terça e quarta-feira) para os candidatos cujos locais de prova são colégios invadidos.
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A nova data é a mesma que já havia sido definida para candidatos que estão presos e jovens sob medida socioeducativa. Eles fazem uma prova diferente, mas, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com o mesmo rigor e o mesmo grau de dificuldades aplicado aos alunos em liberdade.
[SAIBAMAIS]Segundo último levantamento da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), 1.197 instituições de ensino seguiam ocupadas, na sexta-feira, em 19 estados e no Distrito Federal. O Inep informou que receberá hoje um relatório do Consórcio Aplicador do Exame sobre a situação de todos os 16.476 locais em que serão realizados os exames. Dessa forma, será consolidada a lista final dos locais em que não serão aplicadas as provas em função das ocupações.
No início do mês, o ministro da Educação, Mendonça Filho, apelou para o ;bom senso; dos estudantes para que as escolas fossem desocupadas até ontem. A Ubes repudiou as ameaças do ministro e afirmou que os alunos não se intimidariam. ;As investidas repressoras do governo não vão impedir os estudantes. Permaneceremos resistindo até que a pauta de reivindicações seja ouvida e discutida;, disse à época.
Os estudantes que ocupam as escolas protestam contra a medida provisória que determinou a reforma do ensino médio, contra a PEC 241 ; que limita os gastos do governo ; e contra o PL Escola Sem Partido, que tramita no Congresso.
Pedido
Alunos do Paraná, onde a concentração de escolas ocupadas é maior, pediram ao MEC que transferisse os locais de provas, assim como os Tribunais Regionais Eleitorais mudaram as seções eleitorais no último domingo. No entanto, o ministro Mendonça Filho afirmou que ;não tem logística; e que a pasta não poderia ficar ;submetida ou submeter a prova à conveniência de uma ocupação ou desocupação pela vontade de um determinado grupo;.
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