A notícia da prisão repercutiu entre familiares de Thayane, que tinha 21 anos e nasceu em Ataléia (Vale do Mucuri), de Michele, 28, e de Lidiane, 6, irmãs e naturais de Campanário. ;Pelo menos, temos o sentimento de que a Justiça começa a ser feita. Ele era o maior suspeito e estava aí, solto, vivendo tranquilamente em BH, como se nada tivesse acontecido;, queixou-se o pai de Thayane, o caminhoneiro Galvany Palmela Galvão, 52. Na semana passada, ele veio a BH para trazer informações que pudessem contribuir para a identificação dos corpos.
;Nós só queremos que ele diga por que fez isso. A polícia está fazendo autópsia dos corpos e vai apontar o que pode ter acontecido, mas só vamos saber quando ele abrir a boca. Precisamos saber porque tirou a vida das três;, disse Vinícius Santana Ferreira, irmão de Michele e Lidiane. A mãe das duas, a auxiliar de serviços gerais Solange Santana Leite, 50, pediu Justiça. ;A verdade, para mim é que tanto faz (a prisão), porque, na realidade, as meninas eu não vou ter de volta. Eu não sinto nada por este rapaz, nem ódio e nem pena. A única coisa que faço é pedir a Deus a Justiça;, disse.
Gravidez
Para os familiares das jovens, a gravidez de Michele, que esperava um filho de Dinai, pode ter levado o homem a cometer os crimes. Dinai, que é casado, mantinha um relacionamento extraconjungal com Michele. O Itamaraty informou no fim de agosto que o governo brasileiro não tem como arcar com o traslado dos corpos das jovens, podendo apenas ajudar a agilizar trâmites burocráticos. Ontem, afirmou que somente a família pode dar informações sobre a transferência dos corpos.