Neves ressaltou que o "papel da ouvidoria está sendo feito" após o encaminhamento de ofício ao Procurador-Geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Paggio, nessa quinta-feira, 1;. No documento é sugerida a abertura de procedimento investigatório para apurar a atuação da Polícia Militar contra os manifestantes nos atos. "Fomos ao Ministério Público Federal para que ele assuma o papel para exercer o controle efetivo da Polícia Militar de São Paulo. Ele têm a competência legal para iniciar a procedência penal. Que os culpados sejam identificados, indiciados, punidos e expulsos da corporação."
Na entrevista, o ouvidor ainda pediu que as pessoas denunciem o que aconteceu e que as imagens sejam reveladas. "Pedimos que os feridos venham pessoalmente também. Muita gente não vem e não denuncia. Ficamos sabendo às vezes depois de anos, porque nunca houve ocorrência. Ou por medo ou porque (a pessoa) foi policial ". Ele ainda defendeu a imparcialidade da ouvidoria e negou que a corporação atua de forma mais "rigorosa" em manifestações da "esquerda", visão política contrária ao atual governo do Estado de São Paulo.
Em relação à proibição de protestos na Avenida Paulista neste domingo, 4, devido à passagem do revezamento da tocha paralímpica, Neves confirmou ter sido procurado por movimentos sociais dispostos a alterar o horário dos atos, mas a questão ainda precisa ser discutida com o secretário de Segurança Pública, Mágino Álves Barbosa Filho. "Não sei se vai ser possível."