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Após a decisão pelo Senado de afastar definitivamente Dilma Rousseff da presidência da República, o Brasil vive um momento de questionamento sobre o futuro. A partir de hoje, Michel Temer assume o cargo até 2018 e Dilma terá de deixar o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, em 30 dias. Nas ruas, a palavra ;esperança; divide os que acreditam em uma mudança de rumo do país a partir de agora, e aqueles que vêem como retrocesso a chegada de Temer ao poder.
O agente de portaria, Márcio Rodrigues, 31 anos, está esperançoso e acredita que o impeachment de Dilma era a única solução para cessar a crise política e econômica brasileira. ;O impeachment foi o melhor a ser feito. Do jeito que ela deixou é até difícil dizer como vai ser daqui pra frente, mas temos que torcer pra que ele [Temer] saiba como governar agora;, comenta.
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Já para a estudante Ingridy Oliveira, 18 anos, o afastamento de Dilma significa retroceder nos direitos civis conquistados nos últimos anos. ;As minorias foram representadas e tiveram muitas oportunidades nesse governo, - eu mesma, que sou negra, mulher e favelada-, tive oportunidades que meus pais não tiveram e agora corremos o risco de perder isso;, diz. ;Daqui pra frente, o Brasil precisará de governantes com pulso firme para garantir os direitos conquistados, mas sinceramente, não acho que isso vá acontecer;, completa.
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O impeachment foi necessário, mas não vai mudar nada por que todos eles mandam e desmandam como querem. Não tenho esperanças de que vá acontecer alguma coisa boa. Todos os políticos são iguais.
Luciene Lima Lourenço, 46 anos, ascensorista
Não vai melhorar, vai piorar. O Brasil não vai aguentar essa bomba. Apesar de o PT ter mentido, ter enganado os mais humildes e ganhado o povo pela barriga, esse impeachment foi uma vingança do Eduardo Cunha para assumir o poder.
Valdimar Alves da Silva, 42 anos, técnico administrativo
Ninguém sabe se vai melhorar. Do jeito que ela deixou é difícil dizer, mas temos que torcer pra que ele [Temer] saiba como governar agora. A situação do país está complicada, muitos estão desempregados,18 milhões de pessoas sem emprego, é muita gente.
Márcio Rodrigues, 31 anos, agente de portaria
Eu fui contra o impeachment, primeiro porque a Dilma nem foi citada nos crimes de responsabilidade de que a acusam. Depois, porque entre tirar a Dilma e colocar o Temer no lugar dela, preferia que ela ficasse. As minorias foram representadas e tiveram muitas oportunidades nesse governo, - eu mesma, que sou negra, mulher e favelada, tive oportunidades que meus pais não tiveram-, e agora corremos o risco de perder isso. Daqui pra frente, o Brasil precisará de governantes com pulso firme para garantir os direitos conquistados, mas sinceramente, não acho que isso vá acontecer.
Ingridy Oliveira, 18 anos, estudante
O impeachment tinha que acontecer, mas acho que o país só vai melhorar quando tirarmos todos os políticos corruptos. Hoje nada funciona no Brasil, nem segurança, nem educação, nem transporte e as pessoas esperam meses na fila por uma consulta. O PT tinha que sair por que foi esse governo que nos deixou chegar a esse ponto.
Everaldo Pereira Duarte, 41 anos, almoxarife
A crise está tomando conta de tudo, tem muita gente desempregada. A expectativa dos brasileiros é de que as coisas melhorem, surjam os empregos e que saiamos da crise.
Francisco de Assis Silva Lima, 51 anos, taxista
O impeachment foi um golpe. O PMDB nunca foi governo e achou nesse impeachment um jeito para assumir o poder. Tenho 80 anos como taxista e vi três crises acontecerem. Teve uma época que podíamos estar com o bolso cheio de dinheiro e não tinha nem ovo de galinha para comprar no supermercado. Não temos isso aqui atualmente. Hoje, o mundo inteiro está em crise, não apenas o Brasil. A expectativa é de que as coisas fiquem boas agora, nenhum brasileiro deseja mal para o seu país. Mas acredito que com a Dilma as coisas também iam melhorar aos poucos.
João Pereira da Cunha (Maestro da Praça), 80 anos, taxista
Eu gostei do impeachment, achei justo e necessário. Espero melhoras para o Brasil, mas sei que nenhum político é confiável. Precisamos de um governante bom, por que a crise aqui está feia.
Joelma Ferreira, 32 anos,, vendedora