A Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil prendeu mais dois acusados de participarem do sequestro de Aparecida Schunk Flosi Palmeira, de 67 anos, sogra do chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, de 85, no mês passado. Ela ficou nove dias em cativeiro, em Cotia, na Grande São Paulo, e foi libertada pelos policiais sem o pagamento de resgate.
[SAIBAMAIS]Danilo Pereira França e Milton da Cunha Franca são acusados de serem os intermediários entre os dois arrebatadores que sequestraram Aparecida em sua casa, em Interlagos, na zona sul de São Paulo, em 22 de julho, e o suspeito de ser o mentor do sequestro, o piloto de helicóptero Jorge Eurico da Silva Faria.
A dupla teria participado do sequestro ao fazer o transporte de Aparecida de sua casa até o imóvel alugado por Faria. Os três já tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Os nomes dos dois novos suspeitos presos foram passados à polícia pelos arrebatadores Vitor Oliveira Amorim e Davi Vicente Azevedo, que ficaram responsáveis pelo cativeiro.
Sequestro
Os bandidos pediram inicialmente ; 168 milhões de resgate e mandaram seis e-mails para a família exigindo que o dinheiro fosse colocado em sacos divididos em três helicópteros. O valor não foi pago.
Faria foi preso em casa, em um condomínio de luxo na Granja Viana, também em Cotia e autuado em flagrante por extorsão mediante sequestro. Segundo a polícia, ele telefonou e recebeu vários telefonemas dos dois homens responsáveis por sequestrar a vítima depois de invadir a casa dela se passando por entregadores de móveis.
Na DAS, Amorim afirmou que participou de três reuniões com o piloto durante o sequestro de Aparecida, que é mãe da advogada Fabiana Flosi Ecclestone, de 38 anos, casada com o chefe da Fórmula 1 desde 2012.
Em um dos encontros, ficou acertado que o piloto pagaria R$ 20 mil para cada um dos bandidos. Na saída da delegacia, Faria negou as acusações à imprensa. "Não tenho nada a ver com isso. Nunca vi esses dois."