Jornal Correio Braziliense

Brasil

Ibama prevê novos vazamentos de lama em Mariana durante as chuvas

Instituto considera praticamente impossível evitar mais rejeitos desçam do complexo onde ocorreu desastre, ainda que cronograma de obras seja cumprido



No Gualaxo também será necessária a construção de três diques para conter uma onda de rejeitos que eventualmente se desprenda do Fundão, tentando impedir que essa massa percorra 60 quilômetros e chegue ao Rio do Carmo, em Barra Longa, e assim ao Rio Doce. ;Antes, a exigência era de implantar um dique ainda neste ano, mas com a gravidade da situação, serão necessários três;, afirma o superintendente do Ibama em Minas Gerais. Duas barragens submersas precisam ser implantadas no leito da represa de Candonga para reter a água das chuvas e os rejeitos, preservando a estrutura de possível ruptura. ;A possibilidade de rompimento é muito pequena, mas é preciso criar uma lâmina d;água na represa, para que as dragas possam se aproximar mais;, afirma Campos.

A Samarco informou por meio de nota que ;não há vazamento de rejeitos de sua área de barragens; e lembra que vem adotando ;um conjunto de medidas desde o rompimento da Barragem do Fundão, para impedir o carreamento de rejeitos para as águas dos rios, mesmo no período de chuvas;. ;Entre as medidas estão a revegetação das margens dos rios, a construção dos diques de contenção, reforço das estruturas remanescentes, a construção de outras estruturas (Nova Santarém e Eixo 1) e a dragagem do reservatório da Usina Risoleta Neves (Candonga).; A companhia acrescentou que cumpre rigorosamente os prazos definidos no escopo do acordo assinado pela empresa, seus acionistas (Vale e BHP Billiton), os governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo.