Artistas, produtores, servidores públicos e integrantes de movimentos sociais estão realizando ações em diversas capitais do Brasil em protesto contra a extinção do Ministério da Cultura O MinC foi incorporado ao Ministério da Educação em um dos primeiros atos do governo do presidente em exercício Michel Temer. Até a quinta-feira(19/5), pelo menos 14 capitais tinham prédios ocupados.
No Rio, o Palácio Gustavo Capanema, onde funciona a representação do MinC para o Rio e Espírito Santo, e também órgãos como o Iphan, a Funarte e a Fundação Palmares, a presença dos artistas, das áreas da música, dança, teatro e cinema, e de trabalhadores da cultura, vem ganhando força e visibilidade a cada dia.
Porto Alegre
Na capital gaúcha, manifestantes estão ocupando a sede do Iphan. A exemplo do que vem ocorrendo em outras cidades brasileiras, o protesto é contra extinção do Ministério da Cultura.
[SAIBAMAIS]Cerca de 60 pessoas entraram no local, no fim da tarde dessa quinta(19/5). Entre eles estão artistas e jornalistas, que prometem desocupar as dependências assim que o governo federal proponha uma alternativa ao término do ministério. O grupo utiliza palavras de ordem como "Fora, Temer" e "Fica, MinC", e penduraram no local faixa em que se lê "Não ao assassinato da Cultura".
Macapá
Em Macapá, 12 artistas ocuparam na noite de quinta-feira, 19, a sede do Iphan. Denominado Ocupa MinC-AP, o ato é um protesto contra a extinção do ministério, contra a extinção da Secretaria Estadual de Cultura, e em protesto ao veto do governador Waldez Góes (PDT) ao projeto de lei que cria o Sistema Estadual de Cultura.
Os manifestantes dizem que só desocuparão a sede do Iphan quando tiverem garantia de que o presidente interino voltará atrás na decisão. Para o final de semana, os organizadores do ato esperam contar com a adesão de mais artistas. Para isso está sendo programada uma virada cultural de 12 horas que começará na noite de sábado.
Maceió
Cerca de cem artistas alagoanos ocuparam, no fim da tarde desta quinta-feira, 19, a sede do Iphan em Maceió. Com faixas e cartazes contra o que chamam de governo ilegítimo, os manifestantes prometem seguir com as ocupações, que podem se estender a outros órgãos do governo federal.
Segundo a produtora cultural Keka Rabelo, a manifestação tem como objetivo denunciar a ilegitimidade do governo Temer, bem como lutar contra o que considera um retrocesso na política brasileira. "Não há representatividade de raça nem de gênero neste governo", critica. "Vamos continuar as manifestações até que isso seja mudado", completa. Denominado "Cultura contra o Golpe", o movimento realizou intervenção artística intitulada de Fora Temer, momentos antes da ocupação da sede do Iphan.