Jornal Correio Braziliense

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Quase 1,5 mil árvores caíram entre janeiro e abril em São Paulo

O principal motivo para a queda das árvores, segundo supervisores, são os ventos fortes



Luz
A tempestade deixou um rastro de destruição. Bombeiros informaram que atenderam 42 ocorrências na Grande São Paulo somente na manhã de ontem. Segundo a Eletropaulo, o temporal deixou 110 circuitos desligados na capital e na região metropolitana. Ainda havia bairros sem luz na noite de terça-feira.

Em um edifício da Rua João Arruda, em Perdizes, ao menos 14 janelas tiveram os vidros destruídos por causa da chuva e do vento forte. Em alguns apartamentos o prejuízo foi mais longe, atingindo também os móveis dos moradores. "Veio como um furacão, como eu nunca vi igual. Assustou todo mundo", contou o aposentado Antonio Fortini, de 84 anos. A janela do apartamento foi empurrada para dentro com a força do vento. Ao tentar fechá-la, o aposentado cortou uma das mãos. "Minha mulher fez uma cirurgia no coração recentemente, não podia passar nervoso. Fiz de tudo, mas a natureza veio com um estrondo."

Cerca de 30 metros de um dos muros do Cemitério do Araçá, em Pinheiros, desmoronou sobre a calçada da Rua Monsenhor Alberto Pequeno. Segundo a administração do local, 60 urnas com ossadas foram derrubadas, mas o conteúdo não foi danificado.

Mãe e filha

A autônoma Deyse Cristina Oliveira Sousa Santos, de 31 anos, e a filha, Maria Luiza, de 3 anos, atingidas por uma árvore no Largo da Concórdia, no Brás (centro), na segunda-feira, estão internadas em estado grave na Santa Casa de São Paulo. Ambas sofreram traumas e fraturas e passaram por cirurgia. A criança está sedada na UTI, respira com a ajuda de aparelhos, mas seu estado é considerado estável. Maria Luiza chegou a ser ressuscitada pelos bombeiros. O quadro da mãe, que também está na UTI, piorou ontem após cirurgia.