O processo de reorganização que seria implantado pelo governo do estado previa o fechamento de 93 escolas e a transferência de 311 mil alunos para instituições e turnos diferentes. Para se contrapor a proposta, os jovens tomaram o controle de cerca de 200 escolas. As medidas foram interrompidas após a série de protestos e ocupações.
Fraudes
A principal reclamação dos estudantes que ocuparam o CPS é a falta de merenda no ensino técnico. Eles reclamam que nem os matriculados no ensino integral recebem alimentação. Os alunos querem a consrução de restauranes bandejões e, provisoriamente, a concessão de vales-alimentação.
Além disso, a mobilização protesta contra as denúncias de fraudes nos contratos para fornecer alimentação aos alunos da rede estadual. Uma força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público investiga, na Operação Alba Branca, deflagrada no dia 19 de janeiro, um esquema de fraude na compra de merenda escolar de prefeituras e do governo paulista.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto, as irregularidades na contratação da merenda, ocorridas entre 2013 e 2015, envolvem 20 municípios. Os contratos sob suspeita chegam a R$ 7 milhões, dos quais R$ 700 mil foram, segundo os promotores, destinados ao pagamento de propina e comissões ilícitas