Os rios das bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) podem entrar no período de estiagem deste ano com níveis abaixo do esperado, apesar das chuvas intensas dos últimos meses. De acordo com previsão do Consórcio PCJ, já na segunda quinzena deste mês, as chuvas começam a diminuir nas regiões do interior de São Paulo abastecidas por esses mananciais, incluindo cidades populosas, como Campinas, Limeira, Americana, Jundiaí e Piracicaba.
Neste domingo, 10, mesmo com chuvas isoladas em algumas áreas, os rios tinham a vazão em queda em relação às semanas anteriores O Rio Piracicaba, que em janeiro atingiu vazão recorde de 779,4 metros cúbicos por segundo e alagou áreas urbanas ribeirinhas, estava com vazão dez vezes menor - 74,4 m3/s - no início da tarde de domingo, no ponto de medição de Piracicaba.
O Rio Atibaia, principal fonte de abastecimento de Campinas, tinha 16,8 metros cúbicos por segundo de vazão no ponto de captação, ante uma expectativa de vazão média de 20 m3/s.
O Rio Jaguari, com 13,1 metros cúbicos por segundo, e o Rio Camanducaia, com 9,2 m3/s, embora ainda distantes do nível crítico, tinham em média 25% menos água que o esperado.
De acordo com o consórcio, muitas cidades investiram em sistemas de acumulação para ampliar a oferta de água, mas obras maiores, como as barragens de Duas Pontes, no Rio Camanducaia, e de Pedreira, no Rio Jaguari, ainda não foram iniciadas. As obras estão em processo de licitação e expectativa do consórcio é de que sejam iniciadas ainda este ano.