<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/04/02/525387/20160402000735461034o.jpg" alt="Não sobrou nada: o incêndio acabou com o escritório na Avenida Santo Amaro, em São Paulo" /></p><p class="texto"><br />Um incêndio destruiu o escritório da contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Bonfim Poza, que foi uma das principais colaboradoras da Operação Lava-Jato. Em entrevista ao Correio, ela disse não saber se foi alguma retaliação pelo trabalho dela ou uma tentativa de destruição de documentos importantes. Meire afirmou que, no último caso, a iniciativa seria inócua. ;Não tem motivo: não tenho nada guardado da Lava-Jato, de nenhum partido. O que eu tinha já foi entregue para a Polícia Federal;, disse, na noite de ontem.<br /><br />A contadora evitou considerar o incêndio como criminoso. ;Eu torço para que tenha sido acidental. Não é legal ficar especulando. Acho que foi acidental mesmo.; O escritório, no Itaim Bibi, em São Paulo, foi periciado pela Polícia Civil ontem à tarde. Meire disse que um funcionário acompanhava o trabalho e não sabia a extensão dos danos causados.<br /><br />Meire Poza é uma das principais personagens da Lava-Jato. No escritório dela, estavam guardadas inúmeras notas frias que justificavam o fluxo de dinheiro em empresas e operadores de políticos. Documentos antes arquivados na Arbor Contábil embasam denúncias no Supremo Tribunal Federal, como as contra o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL).<br /><br />Recentemente, o ex-secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior e o jornalista Cláudio Tognolli lançaram o livro Assassinato de reputações II: muito além da Lava-Jato, no qual narram a trajetória de Meire. A sinopse do livro conta que, no início de 2013, Enivaldo Quadrado, condenado no mensalão e funcionário de Youssef na GFD Investimentos, entregou um papel à contadora. ;Guarda isso aqui que é meu seguro de vida contra o Lula;, teria dito ele a Meire.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">O documento era o contrato da S2 Participações, de Marcos Valério, com empresas ligadas a Ronan Maria Pinto, preso ontem pela 27; fase da operação, inclusive com base nesse papel apreendido. ;Era um contrato pelo qual um dos suspeitos pela morte de Celso Daniel toma R$ 6 milhões do PT para poupar Lula e dois de seus ex-ministros no envolvimento do crime;, diz a sinopse da editora Travessa.<br /><br />;A única coisa diferente que aconteceu na minha vida agora foi o lançamento do livro;, disse ao Correio. Mas Meire descartou que o incêndio tivesse relação com a obra. ;Eles contam minha trajetória dentro da Lava-Jato, a denúncia que eu fiz, eu acredito que não. Pode ser que alguém tenha ficado chateado. Eu não fui abordada pela PF. Eu procurei a polícia. Mas isso não motivaria o incêndio.;<br /><br /><strong>Assédio</strong><br />Meire Poza admitiu que emitiu notas frias para o esquema de corrupção operado por Youssef contra a Petrobras e em favor de políticos e empreiteiras. Mas ela afirma que só fez isso para ajudar seu amigo Enivaldo Quadrado, que estava em situação difícil por ter escolhido proteger ;duas ou três pessoas; no caso do mensalão. Meira afirmou à reportagem apenas que ;uma dessas pessoas foi o Youssef, que participou do mensalão e saiu ileso;.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/saude/2016/04/01/interna_saude,202284/avantajado-mundo-novo.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php">aqui</a> </p>