A Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS) reconheceu, na manhã desta quarta-feira (2/3), que o Brasil é um país referência em aleitamento materno. Uma placa de premiação foi entregue ao ministro da Saúde, Marcelo Castro, na sede do órgão. O título se deve a um artigo cientifico publicado na revista The Lancet, periódico mundial de saúde, que analisou dados de 153 países e colocou o Brasil à frente da China, Estados Unidos e de países europeus.
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Durante 30 anos, a pesquisa analisou mais de 3.500 bebês. As crianças foram analisadas à medida que cresciam e a conclusão foi que os bebês que mamaram no peito por mais tempo atingiram maiores níveis de inteligência e escolaridade quando adultos. O autor do estudo inédito e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cesar Victora, também esteve no evento e mostrou entusiamo pela premiação. ;Fico extremamente satisfeito enquanto cientista e enquanto brasileiro de ver que quando nós analisamos as políticas nacionais de promoção e assistência ao aleitamento no mundo inteiro, o Brasil se destacou."
Além do reconhecimento, a pesquisa também mostra que as mães brasileiras estão entre as que mais doam leite no mundo. Durante seu discurso, Marcelo Castro destacou o trabalho dos bancos de leite brasileiros e exaltou as mães que realizam doação. "Ainda não temos os dados de 2015, mas em 2014 foram coletados 184 mil litros de leite. Hoje é um dia extraordinário para o Brasil, porque nós estamos sendo reconhecidos mundialmente, por intermédio da OPAS, como referência mundial na política de aleitamento materno", disse o ministro.
Pouco antes da premiação, a representante da organização na América do Sul, Haydee Padilha, também parabenizou o governo e as mães brasileiras, por aderirem à amamentação. Durante a cerimônia, as autoridades também destacaram algumas recomendações para as mães, como introduzir a criança à amamentação nas primeiras horas de vida e estender essa prática até os dois primeiros anos de vida.