Sete meses após permitir em caráter provisório a produção e a comercialização de foie gras em São Paulo, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu, na última quarta-feira (24/2) em caráter definitivo no âmbito do TJ, em favor de os paulistanos continuarem consumindo o fígado gordo do ganso.
A tramitação no TJ-SP começou no ano passado depois que a Prefeitura de São Paulo proibiu a comercialização da iguaria francesa e a Associação Nacional de Restaurantes (ANR) entrou com um ação no tribunal pedindo a revogação da decisão.
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Agora, cabe recurso apenas no Superior Tribunal de Justiça, caso a prefeitura queira continuar defendendo a proibição da venda do foie gras. A prefeitura informou que vai recorrer da decisão.
A batalha começou depois que o projeto de lei do vereador Laércio Benko (PHS) foi aprovado na Câmara. Laércio se inspirou em uma lei da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovada pelo então governador Arnold Schwarzenegger e que entrou em vigor em 2012. Aqui, a multa seria de R$ 5.000 para quem desrespeitasse a lei.
Depois de passar no plenário da Câmara, o projeto seguiu para o prefeito Fernando Haddad, apreciador da iguaria, mas que sancionou a lei em junho do ano passado. O processo causou grita entre cozinheiros (em defesa do foie gras) e associações em defesa dos animais, já que tradicionalmente, para produzir o fígado gordo o ganso é alimentado pelo método da gavage, considerado cruel por ativistas. Agora, o TJ definiu que a decisão da prefeitura é inconstitucional.