O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha, disse hoje (22/2) que a capital paulista pode ter um aumento no número de dengue casos neste ano. ;A prefeitura trabalha com um cenário com mais casos do que em 2015, porque os fatores de risco continuam;, afirmou Padilha sobre a possibilidade de o número de contágios superar os 100 mil registrados ano passado.
Segundo o secretário, diversos fatores tornam o cenário propício para um crescimento da doença na cidade, como as temperaturas elevadas, que facilitam a reprodução do mosquito Aedes aegypti. ;Nós tivemos uma temperatura média mais elevada na cidade de São Paulo neste ano, isso ajuda na proliferação do mosquito;, enfatizou.
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Além disso, a crise hídrica na região metropolitana também é, de acordo com Padilha, um fator de risco. ;O problema da oferta de água na periferia de São Paulo continua. Você tem vários bairros com interrupção diária de água. Isso faz com que as pessoas reservem água e pode ser um foco do mosquito;.
Apesar das campanhas informativas, Padilha informou que a população precisa incorporar ações de combate ao mosquito transmissor. Em novembro e dezembro do ano passado, agentes da prefeitura visitaram as casas de todas as pessoas que tiveram dengue em 2015. ;Infelizmente, encontramos em cada casa mais de um foco ou reservatório potencial para o mosquito da dengue;, destacou o secretário.
O último balanço epidemiológico da prefeitura, divulgado no início de fevereiro, indicava que, entre 3 e 20 de janeiro, foram notificados 4.065 casos de dengue na cidade, dos quais 1.062 foram descartados. No mesmo período do ano passado, foram 1.346 notificações e 376 casos confirmados.
Também transmitido pelo Aedes aegypti, a capital registrou dois casos autóctones (contraídos no território do município) da febre chikungunya e dez importados.