Jornal Correio Braziliense

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Comissão externa da Câmara vai acompanhar ações contra o vírus Zika

Durante as visitas, os deputados farão um levantamento de informações a respeito do desenvolvimento da epidemia

A comissão externa da Câmara dos Deputados criada para acompanhar a epidemia do vírus Zika no país definiu hoje (18/02),seu roteiro de trabalho. Os deputados se concentrarão em quatro subgrupos: para debater as ações de prevenção: acompanhamento das gestantes; redes e amparo a crianças com microcefalia e pesquisas relacionadas aos vírus.

No próximo dia 24, será realizada a primeira audiência da comissão com representantes do Ministério da Saúde. Em seguida, os parlamentares viajarão a Pernambuco, no dia 25, e ao Rio de Janeiro, no dia 29. Também estão programadas viagens para Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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Durante essas visitas, os deputados farão um levantamento de informações a respeito da evolução da epidemia, coletando informações sobre a quantidade de casos, a distribuição de kits de diagnósticos do vírus Zika, realização de exames de detecção do vírus em grávidas, atendimento a crianças infectadas, uso de larvicidas e se a proporção dos casos de dengue pode prenunciar a ocorrência de casos envolvendo o vírus Zika e microcefalia.

Desde setembro de 2015, o país apresentou uma explosão no número de casos de microcefalia, quando gestantes que tiveram a doença no primeiro trimestre começaram a dar à luz. Segundo balanço divulgado ontem (17) pelo Ministério da Saúde, os casos notificados de suspeita de microcefalia subiram de 5.079 para 5.280, em comparação com o dado anterior, de sexta-feira (12).

Desse total, 3.935 ainda são investigados, 508 foram confirmados como microcefalia e, em 837 deles, a doença foi descartada. De acordo com o ministério, a "maior parte" desses 508 casos confirmados de microcefalia ou outras alterações do sistema nervoso central está ligada à infecção pelo vírus da Zika.

Até o momento foram notificadas 108 mortes por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 27 foram investigados e confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 70 continuam em investigação e 11 já foram descartados.