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Escola particular é suspeita de maus-tratos contra aluna com microcefalia

Colégio de Recife está sendo investigado pelo Ministério Público de Pernambuco

Uma escola particular localizada no bairro da Boa Vista, em Recife, está sendo investigada suspeita de maus-tratos a uma aluna com microcefalia. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) publicou na edição do Diário Oficial desta sexta-feira (12/2) uma portaria em que torna público o processo, em tramitação na 29; Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Cidadania da Capital e Promoção do Direito Humano à Educação.

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A mãe da estudante disse à Central de Denúncias do MPPE que a filha, portadora de Necessidades Educacionais Especiais (NEE), durante o ano letivo de 2015, passou a se recusar a frequentar a escola, apresentando, ainda, lesões físicas e agressividade. Questionados pela família, os responsáveis pela unidade de ensino não teriam dado explicações. Ainda de acordo com a mãe, só após a saída da estudante da escola, uma professora e a mãe de outro aluno a teriam procurado para relatar maus-tratos e omissões praticados em relação à menina, inclusive na falta de alimentação e higiene íntima adequados.

Desta maneira, o Ministério Público de Pernambuco decidiu apurar as possíveis irregularidades e verificar se os demais alunos portadores de NEE matriculados no local estão recebendo atendimento educacional especializado, se o prédio oferece estrutura física adequada e ainda se existe a cobrança indevida de valor adicional para alunos portadores de necessidades educacionais especiais. O caso está sendo acompanhado pela promotora de justiça Allana Uchoa de Carvalho. Nesta fase de investigação, não são previstas declarações sobre o assunto por parte do MPPE, que ainda não comprovou tais informações.

O trabalho será realizado para colher provas e esclarecimentos. Caso haja confirmação das denúncias, providências judiciais ou extrajudiciais deverão ser tomadas. Caso as diligências realizadas comprovem irregularidades, a escola poderá sofrer advertência, multa, interdição da atividade, fechamento do estabelecimento e cassação do alvará de licença.

O inquérito civil pretende elucidar os fatos e a responsabilidade dos agentes envolvidos. Desde já, a ação solicitou à unidade de ensino, além dos esclarecimentos, lista nominal dos alunos portadores de NEE matriculados, com identificação dos responsáveis financeiros, avaliação pedagógica das necessidades educacionais específicas de cada um e casos em que se faça preciso o apoio pedagógico de forma individualizada em sala de aula, bem como de profissional para auxiliá-los na alimentação, higienização ou locomoção no contexto escolar além de uma inspeção na unidade de ensino.