Jornal Correio Braziliense

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Comitês Olímpicos Europeus não temem zika no Brasil, diz entidade

Os atletas europeus não receberam orientações para não comparecer aos Jogos Olímpicos

Os Comitês Olímpicos Europeus, órgão com sede em Roma, informou nessa segunda-feira que, no estágio atual do surto de zika no Brasil, não tem razões para orientar os atletas para que não compareçam aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A organização coordena os comitês olímpicos nacionais da Europa.

[SAIBAMAIS]Consultada pela reportagem do Estado de S. Paulo, a porta-voz da instituição, Sabrina Rettondini, afirmou que até aqui não há razões para temer pela saúde dos atletas que obtiveram índices e estão classificados para participar dos jogos no Rio. "Não temos nenhuma instrução a respeito de zika. Vamos esperar e observar", disse Rettondini. "Na nossa visão não há nada urgente no que diz respeito a risco aos Jogos Olímpicos."

A postura dos comitês europeus contrasta com a do Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC), que lançou um alerta às federações esportivas do país sobre os riscos causados pelo vírus zika, cujo maior vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti.

Na semana passada, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, afirmou que não teme que o vírus zika possa trazer complicações aos Jogos Olímpicos do Rio.

O Brasil é o país mais afetado pela propagação do vírus, com 1,5 milhão de infectados. O ritmo do contágio na América Latina e a propagação nas Américas e na Europa levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a definir a ameaça como uma "urgência mundial de saúde pública". Uma das principais razões de preocupação da entidade é que mulheres grávidas sejam contaminadas, situação que eleva o risco de má-formação e microcefalia em bebês.