A Organização Mundial da Saúde (OMS) se lançou em uma corrida global contra o zika e o aumento dos casos de microcefalia. Os esforços têm como meta dar respostas ao fenômeno antes que essa situação atinja África e Ásia, regiões com as maiores taxas de natalidade do mundo. Nessa terça-feira (2/2), a entidade começou a desenhar seu plano de resposta, com criação de até 30 centros de pesquisa pelo mundo e gasto inicial de R$ 120 milhões. Mas já indicou que o custo para deter as doenças e o Aedes aegypti será de "bilhões".
"Estamos adotando a política de que a associação entre o mosquito e a microcefalia é culpada, até provada inocente", disse Costello. "Temos casos de 2014 na Polinésia Francesa e agora no Brasil. Mas vamos ter de esperar mais alguns meses. Até lá, controlar o vetor transmissor é prioridade. Não existe uma recomendação para não viajar. Mas mulheres que estão grávidas podem desejar reconsiderar suas viagens."
Outra dificuldade que já surge é a falta de uma diretriz internacional para medir a circunferência de cabeças de crianças "Precisamos de um padrão", disse o diretor do Departamento de Saúde Infantil. Para ele, não basta apenas medir as cabeças, mas também fazer acompanhamento das crianças por meses. "Por isso, precisamos criar centros pelo mundo."
Apelo
Ainda nessa terça-feira, a Unicef anunciou que está solicitando que doadores financiem um pacote de US$ 9 milhões para bancar uma operação pela América Latina. A organização das Nações Unidas para a infância quer agir especialmente em comunidades no Brasil para fortalecer a resposta contra o zika, orientando mulheres e grávidas sobre como evitar picadas.
Já a Cruz Vermelha espera coletar US$ 2,3 milhões para apoiar "uma resposta regional". "A única forma de parar o vírus é controlar o mosquito e adotar medidas para reduzir a pobreza", declarou Walter Cotte, diretor nas Américas. "E temos de agir rápido", completou a diretora de Saúde, Julie Lyn Hall. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.