O pedido de reintegração de posse mencionado pela estudante foi negado pela juíza Ana Cecilia Argueso Gomes de Almeida, da 6a. Vara de Fazenda Pública da Capital, nesta terça-feira (15/12). A juíza solicitou o diálogo entre as partes para que haja um acordo.
O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro (Sintuperj), Jorge Luiz Matos de Lemos, condenou a ocupação. Para ele, os estudantes perderam as rédeas do movimento. ;O sindicato apoia todo e qualquer movimento, mas os estudantes estão desrespeitando duas categorias importantes nessa discussão, que não estão em greve, que são os técnicos-administrativos e os professores. Nenhum setor pode se sobrepor ao outro. Isso é uma humilhação. Eu trabalho aqui há mais de 40 anos e nunca vi tamanha insensatez como a desse movimento;. Diferentemente dos estudantes, Jorge Luiz disse ter informações de que o pagamento de alunos e terceirizados já foi efetuado.
A funcionária da universidade, Alice Venturini, classificou o movimento como equivocado, e pediu uma mudança de foco aos estudantes. ;Eu entendo a revolta, mas eles estão se manifestando no local errado. Se querem pressionar o Pezão, eles tem que ir para a Alerj [Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro], e não tirar da gente o direito de entrar no nosso ambiente de trabalho."
"A partir de ontem, eles adotaram essa postura mais radical de não deixar, de fato, ninguém entrar. E sem ninguém entrar, eu, como funcionária do RH, não conseguirei processar a folha de pagamento, fazendo com que os servidores não recebam seu salário de dezembro, que é pago em janeiro. Eles acham que com essa postura, iremos adotar a causa , mas isso só afasta. O movimento se tornou algo antidemocrático, porque os estudantes falam o que querem,mas infelizmente não ouvem a outra parte;, lamentou.
Em comunicado divulgado no seu site, a UERJ, através do seu reitor Ricardo Vieiralves, orientou que os servidores da universidade encaminhem um email para o endereço presencauerj@gmail.com, comunicando que a pessoa não compareceu ao trabalho por ter sido impedida de adentrar pelos manifestantes.