A morte de cinco jovens negros pela Polícia Militar no último sábado (28/11) foi repudiada hoje (3/12) durante manifestação no bairro de Madureira, na zona norte do Rio.
Dezenas de pessoas, principalmente jovens, saíram do Viaduto Negrão de Lima, onde fica a sede da Central Única das Favelas (Cufa), e seguiram em passeata até o Parque de Madureira.
Batizado de Ato Contra o Genocídio da Juventude Negra, a manifestação percorreu as principais ruas de Madureira. As pessoas carregavam cartazes e faixas contra a violência policial e o racismo no país.
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A estudante de psicologia Hulliane Cardoso, que integra o grupo de teatro da Cufa, disse que o racismo se apresenta de várias formas, desde a dificuldade em se pegar um táxi até a violência policial, quando armas são apontadas para jovens negros.
O ato foi organizado pelo estudante de publicidade e escritor Bruno Rico, que convocou os participantes pelo Facebook. Segundo ele, ser negro, pobre e morar em favelas se transformou em fator de risco no país. Bruno espera que a manifestação seja a primeira de outras para denunciar a violência contra os jovens negros.
A manifestação foi acompanhada por agentes da Guarda Municipal, que estimou em 500 pessoas o número de participantes.