Os dados foram divulgados às vésperas da Conferência do Clima de Paris (COP21), para onde o Brasil leva a meta de reduzir as emissões de gases poluentes em 37% até 2025 e 43% até 2030 em comparação aos níveis de 2005, e de eliminar o desmatamento ilegal na Amazônia.
O aumento da área desmatada "pode prejudicar as metas já pouco ambiciosas do governo brasileiro para a redução do bioma", denunciou nesta sexta-feira a organização não-governamental Greenpeace, que acompanha há décadas as atividades que destroem a Amazônia no Brasil.
"Após esforços da sociedade e do próprio governo, o desmatamento saiu o limite dos 27.000 km2, em 2004, para a faixa dos 5.000", afirmou Cristiane Mazzetti, da campanha Amazônia do Greenpeace, citada em comunicado.
A ambientalista reclama que o governo demarcou poucas terras indígenas que, convertidas em unidades de conservação, ajudam a proteger a mata, e que o país assiste ao avanço no Congresso de um projeto de emenda constitucional que colocaria em risco o processo de demarcação de terras indígenas, em benefício dos produtores rurais da região.