No dia da tragédia, ficaram também destruídas em Mariana as pontes que ligam os povoados de Camargos e Bento Rodrigues; Monsenhor Horta e Ponte do Gama; Paracatu de Baixo a Águas Claras e Campinas (conhecida como ponte do Bucão); além da ligação entre Campinas e Barretos. No percurso até a cidade vizinha de Barra Longa foram mais cinco dessas passagens levadas pela enxurrada.
TRINCHEIRAS
Além do problema das pontes, moradores da zona rural enfrentam outro agravante para se deslocarem. É que, com as estradas tomadas de lama, a alternativa para liberar as vias foi abrir caminho em meio ao barro dos rejeitos, que permanece amontoado nas duas margens das estradas. ;É muita lama. Muita mesmo. As estradas estão entrincheiradas, com todo o escoamento de água comprometido e sem espaço nenhum para parada de veículos às margens;, aponta o secretário Marco Antônio Gonçalves.
Questionado sobre quando toda essa lama será retirada e para onde ela será levada, o representante do setor de transportes de Mariana não tinha respostas: ;Essas são perguntas que eu faço todos os dias. A Samarco está com muitas máquinas trabalhando na região, mas é lama demais. Além disso, tem o agravante da chuva, que é necessária, mas, neste contexto, complica a situação um pouco mais;, afirmou o secretário.