Jornal Correio Braziliense

Brasil

Sem previsão de concurso, Minas tem apenas quatro fiscais em barragens

Em meio à crise deflagrada pela catástrofe de Mariana, departamento encarregado de vistoriar mineradoras fica sem diretor-geral e deve perder mais 40% dos servidores em dois anos.



Além do déficit de funcionários, o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, já admitiu que o DNPM só gastou 13,2% do valor previsto em fiscalização, por ;contingenciamento;. ;Mas isso não significou descumprir a fiscalização;, acrescentou. Porém, de acordo com a ONG Contas Abertas, o departamento reduziu a verba prevista pela Lei Orçamentária em 2015 para o programa de fiscalização das atividades minerárias. O montante investido em vistorias foi de R$ 1,3 milhão até outubro deste ano, o que representa menos da metade dos R$ 3,6 milhões até o mesmo mês de 2014.

O tamanho da penúria (números de um departamento sucateado):

Funcionários (quantidade real)
Servidores
800

Fiscais
200

Fiscais em Minas
4

Funcionários (quantidade ideal)
Servidores
3,6 mil

Fiscais
1,2 mil

Orçamento
13% do previsto gasto em fiscalização

Déficit de atuação
37% das barragens de rejeitos não fiscalizadas têm risco de médio a alto, estimado pelo próprio departamento