O bar que a família mantém numa das margens do leito, agora, serve apenas operários da Samarco e de terceirizadas. A clientela sumiu depois da catástrofe. Quem era acostumado a pilotar de jet ski no espelho d;água terá que procurar outro lugar para o passeio. O único barulho agora é o de máquinas pesadas, enviadas ao lugar pela mineradora para retirar entulhos do leito. Tratores, retroescavadeiras e caminhões trabalham a poucos metros de uma ponte que dá acesso ao município de Rio Doce. Muita gente vai à estrutura para ver de perto o estrago causado pelo rompimento da barragem de rejeitos.
Seu Zé do Baú, um senhor que mora na região há mais de cinco décadas, disse ser difícil ver a nova paisagem na represa. ;Destruiu tudo;, lamentou. Charles Chaulim, de 20, não sabe quando voltará à represa. ;O coração da gente dói. Eu ia todo fim de semana. Agora, quem vai numa ;podriqueira; daquela?;, pergunta.