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Dois dias depois que pescadores começaram a convocar mutirão de resgate a peixes nas cidades do Espírito Santo localizadas na rota da lama com rejeitos das barragens da Samarco, a mineradora divulgou que vai ajudar na chamada "Operação Arca de Noé". "A Samarco disponibilizou dois caminhões e seis caixas, com capacidade para mil litros de água cada, e demais itens necessários para auxiliar o resgate de peixes do Rio Doce e sua posterior soltura em lagoas da região", diz a nota, divulgada no fim da tarde deste domingo (15/11).
As espécies ameaçadas de extinção, endêmicas e naturalmente raras, como surubim-do-Doce, andirá, curimba e piaba-do-Doce são a principal preocupação. De acordo com a empresa, as diretrizes do Ibama e Iema pautam equipes de biólogos, ictiólogos (zoólogos que estudam peixes) e piscicultores especializados que analisam a retirada de espécies raras e endêmicas do local. Os animais serão direcionados para tanques de cultivo disponíveis na região de Colatina, Baixo Guandu e Linhares (ES), para repovorem o Rio Doce posteriormente.
O Ministério Público declarou não ter certeza sobre o nível de contaminação dos peixes na região e ressaltou que não foi permitido a pesca indiscriminada, mas, sim, o resgate e a soltura dos animais em locais predeterminados.