Jornal Correio Braziliense

Brasil

Paralisação dos caminhoneiros nas estradas está próxima do fim

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou ao longo do dia bloqueios parciais no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso do Sul e em Tocantins

A paralisação de caminhoneiros autônomos nas estradas nesta quinta-feira (12/11) foi isolada e de baixa adesão no quarto dia do movimento, dando claros sinais de que os atos de bloqueio de rodovias que ameaçavam deixar o país desabastecido de alimentos e combustíveis devem morrer antes mesmo de a semana acabar.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou ao longo do dia bloqueios parciais no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso do Sul e em Tocantins, sendo que neste último estado também houve o fechamento total das pistas da BR 153, próximo ao município de Colinas dos Tocantins.

As manifestações motivadas pelo pedido de renúncia da presidente Dilma Rousseff foram perdendo força diante da falta de apoio da opinião pública ; assustada com a possibilidade de abastecimento nos supermercados e postos de combustíveis ; e do endurecimento do governo federal que editou uma medida provisória fixando em R$ 5.746 a multa para quem bloqueasse vias e R$ 19.154 para quem organizasse o movimento, além de suspensão da carteira de motorista por 12 meses e apreensão do veículo.

Em Brasília, onde participou da sessão da comissão de Agricultura da Câmara, um dos líderes do Comando Nacional do Transporte ; responsável por mobilizar os atos em todo o país ; Ivar Schmidt ainda dizia que não abria mão da saída da presidente e de que as manifestações iriam continuar. A reunião aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que ele preste esclarecimentos sobre as ações do governo frente as paralisações.

Ainda pela manhã Ivar chegou a dizer que os caminhoneiros voltariam para as estradas, o que ocorreu em apenas três pontos de manifestação ; número bastante inferior aos mais de 50 atos registrados pela PRF na última segunda-feira (9/11), primeiro dia das manifestações.