A Samarco Mineração informou hoje (6/11) que o rejeito que estava depositado nas represas das barragens que se romperam em Mariana (MG) não são danosos à saúde. ;O rejeito é inerte. Ele é composto, em sua maior parte, por sílica (areia) proveniente do beneficiamento do minério de ferro e não apresenta nenhum elemento químico que seja danoso à saúde;, diz a empresa em nota.
O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Sisema) informou que as consequências para o meio ambiente serão identificadas assim que a Defesa Civil liberar o local para averiguações. ;As causas e responsabilidades pelo ocorrido serão apuradas pelo governo de Minas, sendo que as medidas cabíveis vão ser tomadas;.
O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, disse, no comunicado, que assim que o rompimento das barragens foi identificado, a Samarco imediatamente acionou seu Plano Emergencial de Barragens, atuando, juntamente com a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e outras instituições competentes. Foram colocadas em prática todas as ações previstas nesse plano, acrescentou Vescovi, em vídeo divulgado pela empresa.
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As operações da Samarco na unidade de Germano estão paralisadas. Localizadas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, as barragens de Fundão e Santarém se romperam na tarde dessa quinta-feira (6/11), inundando a região com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração.
;Estamos mobilizando todos os esforços para dar prioridade ao atendimento e à integridade das pessoas que estavam trabalhando no local ou que residem próximo das barragens. Igualmente, não estamos medindo esforços para a contenção de danos ambientais;, afirmou Vescovi.
De acordo com a nota da empresa, neste momento não há confirmação das causas e da completa extensão dos danos. ;Investigações e estudos apontarão as reais causas do ocorrido;.
Licenças de operação
O comunicado diz ainda que as barragens da Samarco são compostas por quatro estruturas: barragens de Germano, Fundão, Santarém e Cava de Germano e que todas têm licenças de operação concedidas pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental. ;A última fiscalização ocorreu em julho de 2015 e indicou que as barragens encontravam-se em totais condições de segurança;.
A Samarco informou também que faz inspeções próprias, conforme a Lei Federal de Segurança de Barragens, e conta com equipe de operação em turno de 24 horas para manutenção e identificação de qualquer anormalidade.