A greve dos bancários chegou nesta quinta-feira, (8/10) ao seu terceiro dia com a suspensão das atividades em 827 locais de trabalho, 111 a mais que o número de ontem, segundo balanço do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do País. São 815 agências e 12 centros administrativos.
O sindicato também estima a paralisação de 35 mil funcionários, 15 mil a menos que o registro de ontem, mas 21% maior que o saldo do terceiro dia de greve do ano passado. Os caixas de autoatendimento continuam funcionando normalmente.
A paralisação deste ano começou após cinco rodadas de negociações frustradas. Os bancários pedem um reajuste salarial de 16% (a reposição da inflação mais aumento real de 5,6%). No entanto, os bancos, representados pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), oferecem um aumento de 5,5%, porcentual projetado pela entidade para a inflação dos próximos 12 meses.
Os trabalhadores também demandam a valorização dos vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 788), a manutenção do emprego e melhores condições de trabalho, com o fim das metas que consideram abusivas. A próxima assembleia do sindicato dos bancários será realizada na terça-feira, (13/10) na Quadra dos Bancários, quando a categoria irá decidir sobre os rumos do movimento. Enquanto isso, a Fenaban ainda não marcou nenhuma data para apresentar uma nova proposta, diz a presidente do sindicato, Juvandia Moreira.