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Jovem morto por PMs que forjaram auto de resistência é enterrado no Rio

Quando os policiais deixavam a delegacia, dentro de viaturas da PM, os moradores protestaram, obrigando a polícia a disparar bombas de gás contra o grupo

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Dezenas de pessoas compareceram hoje (30/9) ao enterro do corpo de Eduardo Felipe Santos Victor, 17 anos, supostamente morto ontem (29/9) por policiais militares no Morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro. Alguns levavam cartazes em protesto contra a atuação dos quatro PMs flagrados pelo celular de um morador no momento em que colocavam uma arma na mão de Eduardo, já estendido no chão.

O vídeo mostra quando um deles aparece dando dois tiros com a arma. As imagens foram divulgadas nas redes sociais. A comunidade tem Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde 2010.

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;Isso serve para mostrar que hoje não morremos de bala perdida, de troca de tiros. Há 15 dias ocorreu a mesma coisa na comunidade;, declarou Railda França, uma amiga da família que foi ao velório.

;Fica tudo escondido, ninguém toma providência. Está vergonhoso o que está ocorrendo com nossas crianças. Se um morador não tivesse filmado, seria mais um caso de impunidade. Os bandidos hoje são os policiais. A UPP deveria ser mudada;, afirmou Railda.

Ontem, a Polícia Militar declarou que as cenas divulgadas abalaram a imagem da corporação. Os quatro PMs foram ouvidos na 4; Delegacia de Polícia, próxima do morro. Em seguida, foram levados à 8; Delegacia de Polícia Judiciária Militar.

Quando os policiais deixavam a delegacia, dentro de viaturas da PM, os moradores protestaram, obrigando a polícia a disparar bombas de gás contra o grupo, causando tumulto e correria no local.

O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Delegacia de Homicídios, informou que a polícia está investigando a fraude, bem como a possibilidade do crime de homicídio.