Preocupado com a inquietude da cadela Hana em dias de intenso calor no Tocantins - onde a sensação térmica em algumas regiões pode chegar a 50;C -, o autônomo Wiomar Ramos de Araújo, de 39 anos, morador de Guaraí, resolveu instalar um ar-condicionado na casinha da pastora alemã, de um ano e um mês.
O aparelho foi colocado no canil há três meses por Wiomar, que trabalha com instalação e manutenção de ar-condicionado. De acordo com ele, a cadela está mais tranquila desde então. "Eu não ligo o ar-condicionado todos os dias, só nos dias de muito calor, quando noto que ela está agitada. Ela só sai da casinha quando eu desligo o aparelho", conta.
Mesmo com o aumento de aproximadamente R$ 80 na conta de luz, Wiomar diz que "vale à pena o bem-estar" de Hana. "Nos dias que ligo, costumo deixar duas horas pela manhã e mais duas horas pela tarde e noto que ela fica muito mais tranquila", argumenta.
De acordo com a veterinária Cláudia Godoi, o ar-condicionado deve ser usado de forma moderada para não trazer riscos à saúde do animal. "Neste caso de Tocantins, a casinha não é totalmente fechada, então, o ar refrigerado não fica concentrado no ambiente. Mas se fosse o caso de um ambiente fechado, o dono teria que se preocupar com a saúde da cadela para ela não sofrer uma hipotermia (diminuição da temperatura normal do organismo)", diz.
Cláudia alerta ainda sobre choque térmico e algumas doenças que o animal pode desenvolver. Segundo ela, entrar e sair de um ambiente frio para o quente pode ser um problema. "Assim como nos humanos, o choque térmico pode causar doenças respiratórias nos animais, como resfriados, rinite e sinusite", reforça.