A direção do Hospital Getúlio Vargas (HGV) se pronunciou, por meio de uma nota oficial, sobre o caso de uma paciente dada equivocadamente como morta pela equipe da unidade de saúde, localizada no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. A informação sobre o óbito de Josefa Canuto Martins, de 65 anos, foi desmentida horas depois pela direção do HGV. No documento, a diretoria lamentou o ocorrido, disse que se solidariza com a família e que vai tomar as providências cabíveis para esclarecer o fato para que falhas como essa não voltem a ocorrer na unidade.
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Aliviados em saber que a Josefa está viva, os familiares, no entanto, estão revoltados com o erro e o drama sofrido. Depois de terem providenciado o funeral, comprado caixão e contratado o traslado do corpo até a cidade de Ferreiros, na Zona da Mata de Pernambuco, os parentes querem que a unidade de saúde arque com as despesas. Seis filhos da paciente que moram fora também chegaram a emitir passágens aéreas após a comunicação do falso falecimento.
Dona Josefa é mãe do padre de Glória do Goitá, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, Dijailson Canuto. Ela deu entrada no HGV no dia quatro de setembro para tratar um quadro de infecção pulmonar. Diante do erro grave, o sacerdote mostrou-se inseguro em relação ao tratamento oferecido à mãe e questionou a qualidade da saúde pública no estado.
A notícia repecutiu pelas paróquias, rádios e até com ajuda de carros de som na região. Os moradores da cidade, de 32 mil habitantes, ficaram chocados e alguns creditam o fato a um milagre. A assessoria jurídica da paróquia está colhendo documentação para dar entrada em uma ação de indenização de danos morais e materiais contra o HGV.