Duas diferentes teorias sobre fenômenos climáticos longos e cíclicos têm sido usadas por pesquisadores para explicar a queda significativa no volume de água que entrou no Sistema Cantareira na última década. Tanto a tese que considera a temperatura do Oceano Pacífico quanto a dos ciclos solares concluem que a região do manancial atravessa um período de estiagem previsível, que deve durar ao menos mais dez anos.
Zuffo diz que o sistema foi concluído em 1974 e suas dimensões definidas com base em um período seco, de baixas precipitações, enquanto que sua operação pelos 30 anos seguintes ocorreram em período predominantemente chuvoso, aumentando os riscos de enchentes. Ele alerta que cenário inverso ocorre desde a outorga de 2004. "O comportamento se repete. De 1930 a 1970, as precipitações caíram; de 70 até 2003, aumentaram. E, agora, de 2004 para cá, têm caído novamente. Então, temos ainda mais três décadas em que as chuvas devem diminuir e ficar abaixo da média." Segundo a Sabesp, a chance de uma seca como a de 2014 ocorrer era de 0 004.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.