Jornal Correio Braziliense

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80% dos brasileiros conhece um menor que já sofreu algum tipo de agressão

Maior parte das pessoas acredita que as ameaças on-line são os casos mais comuns no dia a dia

A percepção dos brasileiros é de que a violência contra crianças e adolescentes aumentou nos últimos anos e que o governo tem sido ineficaz no enfrentamento do problema. Pesquisa realizada pela organização Visão Mundial revela que 80% dos entrevistados conhecem um menor de 18 anos que sofreu algum tipo de violência, como abuso físico ou psicológico, trabalho infantil, agressões entre gangues ou ameaças on-line. Foram consultadas 501 pessoas, tanto no meio urbano quanto no rural, em diferentes unidades da Federação entre 15 e 22 de agosto de 2014. A análise foi feita também em outros 28 países.

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Ameaças on-line foram consideradas a forma de agressão mais comum, apontada por 45% dos entrevistados. Entram nessa categoria expor criança a violência, pornografia ou discurso de ódio realizado por meios de comunicação ou atrair a vítima por meio da internet para atividades sexuais. Esse tipo de violação de direitos foi apontado como a segunda forma mais prejudicial para o desenvolvimento infantil, atrás apenas de comportamentos sexuais, como estupro, por exemplo. Entre as causas para o problema, se destacam alcoolismo e abuso de drogas, falta de conhecimento ; por exemplo, pais que não entendem o trabalho infantil como prejudicial ; e abuso por pessoas que foram vítimas um dia.

Para João Helder Diniz, diretor nacional da Visão Mundial Brasil, o levantamento se destaca por revelar a opinião das pessoas sobre violência, diferentemente de pesquisas que trazem dados concretos. A intenção da entidade é que as informações sejam usadas nas metas sobre o tema, que serão elaboradas em setembro pela Organização das Nações Unidas (ONU). ;As pessoas creem que é possível combater essa violência. Elas acreditam muito que a própria família é muito responsável para que essa violência seja superada, como também na comunidade onde vivem as crianças e adolescentes, assim como nas igrejas;, afirma Diniz. Apenas 12% apontaram o governo como ator mais importante para combater a violência.

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