Depois que a entrevista de Jô Soares com a presidente Dilma Rousseff foi ao ar na semana passada, o apresentador de 77 anos foi surpreendido com uma pichação em frente à sua casa que dizia: ;Jô Soares, morra;. Na programa de quarta-feira (24/6), ele se manifestou sobre o episódio, pela primeira vez: ;Isso é um facismo total. Todo mundo tem o direito de falar;.
O vandalismo chegou a assustar as crianças do bairro, segundo Jô, já que há duas escolas nas redondezas. Ele aproveitou para brincar um pouco: ;Ainda bem que (a ameaça) não tem data;.
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Segundo o apresentador, o episódio o lembrou dos tempos de ditadura. Ele conta que uma vez chegou em casa e o Comando de Caça aos Comunistas havia cortado a luz e ;banhado; as paredes de "sangue" - tinta vermelha, na verdade. Jô associou esse momento do passado ao episódio recente, e aproveitou para citar a célebre frase de Voltaire: ;Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo;.
O apresentador aproveitou para agradecer as manifestações de solidariedade e desmentir alguns boatos, como o que diz que ele teria reforçado a segurança. ;Eu não posso reforçar o que não tenho;, disse. Jô Soares finalizou pedindo a quem apoiasse esse tipo de atitude que ;reavaliasse o pensamento, por tudo o que o país já passou;.