Sete pessoas foram presas hoje (24/6) pela Polícia Federal nas cidades de São Paulo, Apucarana (PR) e Ponta Porã (MS) por tráfico internacional de drogas, em uma operação que recebeu o nome de Mosaico. Onze pessoas haviam sido presas no decorrer das investigações, que tiveram início em janeiro. Um envolvido está foragido.
Entre os presos em Ponta Porã está o traficante brasileiro Ivan Mendes Mesquita, que tinha sido preso no Paraguai em 2004 por tráfico de drogas e extraditado para os Estados Unidos um ano depois. Ele foi acusado de trocar armas por cocaína com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. A droga era enviada para os Estados Unidos e países da Europa.
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Segundo o delegado da Polícia Federal Osvaldo Scalezi Júnior, responsável pela Operação Mosaico, o traficante cumpriu pena nos Estados Unidos até 2010, quando retornou ao Brasil. ;Como ele tinha condenação no Brasil por tráfico de drogas, foi incluído no sistema penitenciário. Cumpriu uma parte da pena a que tinha sido condenado e progrediu para o regime aberto, saindo no final de 2012. Acreditamos que, logo na sequência, ele começou a reativar seus contatos no mundo do tráfico;, disse o delegado.
Osvaldo Scalezi Júnior explicou que a organização criminosa presa nesta operação trazia cocaína e maconha dos países produtores da América do Sul. ;Ela [droga] ingressava em território brasileiro principalmente pela fronteira do Brasil com o Paraguai, no estado do Mato Grosso do Sul, e, a partir do momento em que a droga estava no território brasileiro, era transportada principalmente por meio rodoviário ; carros e caminhões ; até a capital paulista. Aqui ela permanecia armazenada até a remessa para a Europa e África;, explicou o delegado.
Hoje, na casa de Mesquita, foi encontrada uma arma sem registro, US$ 10 mil e R$ 65 mil em dinheiro. Com os demais investigados foram apreendidos 84 quilos de cocaína, além de US$ 35 mil e R$ 2 mil também em dinheiro. Os investigados serão indiciados por crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, com penas que podem chegar a 25 anos de prisão.