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Ministro diz que governo está aberto para negociar com professores em greve

Para Janine, a greve foi precipitada e começou antes das negociações se desgastarem

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse hoje (23/6) que a pasta está aberta à discussão e à negociação com os professores de instituições federais de ensino superior em greve há 28 dias. O ministro, no entanto, afirmou que o aumento da categoria referente a 2015 já foi dado no início do ano.

;Estamos abertos à discussão, à negociação, lembrando sempre que o aumento deste ano foi dado, no começo do ano. Ou seja, não há reivindicação para este ano, pelo menos entendemos que este ano já foi atendido o pleito que, geralmente é o principal, que é o reajuste para enfrentar a inflação, que sempre existe;, argumentou Janine após reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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Ontem (23/6), representantes do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e da Secretaria de Educação Superior, ligada ao Ministério da Educação (MEC), se reuniram para debater a pauta de reivindicação dos professores em greve. O presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, disse que não houve avanços nas negociações e os docentes vão permanecer em greve.

Os docentes pedem garantia de piso remuneratório de R$ 2.784 para professor graduado em regime de trabalho de 20 horas e a ampliação da infraestrutura das instituições, incluindo laboratórios e equipamentos. Eles também querem a aplicação de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em ciência e tecnologia.

Janine criticou os grevistas pois, segundo ele, a paralisação foi deflagrada antes de as negociações serem esgotadas. ;Vamos discutir, estamos abertos, tanto aos professores, como aos servidores das universidades federais para pôr fim a essa greve que foi declarada antes de se esgotar a negociação com o MEC. Já, desde o primeiro encontro com o ministro, informaram a data da greve, sem usar a greve como último recurso, porque ela, sem dúvida, perturba muitas pessoas, sobretudo os que menos têm condições de se defender dela, que são os estudantes;, disse o ministro da Educação.