Jornal Correio Braziliense

Brasil

Supremo deve debater, neste mês, sobre o ensino domiciliar

Cresce o número de famílias que optam por educar os filhos em casa. Modelo não é reconhecido pelo governo federal. Especialistas são contra

Apesar de adotado por milhares de famílias brasileiras, não há unanimidade se o ensino domiciliar é legal ou não no país. Com o objetivo de dar uma palavra final sobre o tema, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu neste mês que vai deliberar sobre a questão, mas ainda há previsão de data para o julgamento. Cerca de 2.500 famílias adotam esse modelo de ensino, de acordo com a Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned). A estimativa é que o montante seja ainda maior, uma vez que diversas pessoas preferem o anonimato, por medo de condenações.



A arquiteta Emília Lourenço, de 35 anos, tirou a filha Clarissa, 5, da escola, há dois anos, devido a dificuldades de adaptação. ;Todos os dias ela estuda um pouquinho, isso ajuda muito a estabelecer uma rotina e se tornar autodidata, porque, com o tempo, a tendência é a criança começar a estudar por si só os assuntos de maior interesse;, diz Emília. Clarissa faz natação e tem aulas particulares de português, matemática e inglês. Já com a mãe, o aprendizado acontece em todo lugar. ;Quando a gente vai ao parque, eu aproveito para trabalhar ciências, mostrando coisas do dia, como a formiga, os hábitos dela, para onde leva a folhinha que cortou. Procuro não ficar só na teoria;, conta Emília. Ela defende a regulamentação do ensino domiciliar, incluindo supervisão períodica por órgãos estatais.

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