O Cristo Redentor será iluminado hoje (14), das 18h às 19h, com a cor vermelha, em homenagem a todas as pessoas que separam um tempo de sua rotina para serem doadores voluntários.
A ação, fruto da parceria entre a Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Hemorio e o Viva Rio, faz parte das homenagens ao Dia Mundial do Doador de Sangue que, no Brasil, tem como mote da campanha ;Salvando Vidas, Gota a Gota;, e que objetiva incentivar e sensibilizar a população a doar sangue.
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O Salvando Vidas, Gota a Gota é uma das ações do Voluntariado do Viva Rio, que já encaminhou mais de três mil doadores às unidades de coleta da cidade. A ação é desenvolvida em parceira com o Hemorio e as demais hemoterapias, a prefeitura, associações comunitárias, igrejas e empresas.
A data escolhida para a campanha marca o nascimento do médico austríaco Karl Landsteiner, ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1930, pelo descobrimento do sistema AOB de tipagem sanguínea.
Ao falar da campanha, a coordenadora do programa de Voluntariado do Viva Rio, Cibele Dias, explica que doar sangue é fácil, rápido e não dói. Um gesto simples, que pode salvar até três vidas. ;Queremos que as pessoas desenvolvam o hábito de doar sangue, não apenas em situações de emergência. A vida de quem precisa de sangue depende disso e não pode esperar;.
Já o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, lembra que a doação é um ato de amor à vida. ;Jesus derramou todo o seu sangue na cruz, pela salvação da humanidade. Ele não se poupou, e nós devemos seguir o seu exemplo. Apenas um pouco do nosso sangue pode restituir a saúde a alguém, e até mesmo salvar vidas. Esse voluntariado é próprio de quem ama;, disse o padre.
Responsável por cerca de 70% do sangue consumido no Rio de Janeiro, o Hemorio está com uma acentuada queda de doações desde o início de maio. ;Atualmente recebemos uma média de 250 candidatos à doação de sangue por dia, mas o ideal seria que recebêssemos o dobro; afirma o diretor geral do Hemorio, Dr. Luiz Amorim.
Qualquer pessoa com peso acima de 50 quilos e idade entre 16 e 69 anos pode doar sangue. Mulheres precisam respeitar o intervalo de três meses entre as doações, e homens, de dois meses.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o número de doadores de um país seja de 3% a 5% do total da população. Contudo, segundo dados do Ministério da Saúde, este índice no Brasil não chega a 2%: são apenas 3,6 milhões bolsas de sangue por ano.
Mas o Brasil é um país que tem estatística de doação inferior à proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a qual cita que a autossuficiência em componentes sanguíneos deve ser conseguida quando o número de doações de sangue for de 3 a 5% da população.
No Brasil, chega a quase 2% para atender a toda a demanda transfusional. Ainda em 2015, a World Health Organization (WHO) vai promover a campanha com o mote Thank you for saving my life ; Obrigado por salvar minha vida ; com foco nos doadores que salvam vidas e encorajam cada vez mais pessoas a fazerem o mesmo ato.
De acordo com Dante Langhi, diretor financeiro da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), o brasileiro não tem a cultura de doar sangue, embora a iniciativa seja um ato imprescindível, que possibilita o tratamento de inúmeros pacientes. ;É importante as pessoas se conscientizarem que a doação é um ato totalmente altruísta;, explica o hematologista.