Einstein escreveu a carta em 24 de junho de 1951, no estado de Nova Jersey, quando o padre jesuíta Gaspar Dutra foi para os Estados Unidos fazer estudos. Em um encontro entre ciência e fé, Dutra pediu que o alemão escrevesse uma mensagem de motivação para os estudantes brasileiros.
Em alemão, a carta diz:
"Quem conheceu a alegria da compreensão conquista um amigo infalível para a vida.
O pensar é para o homem o que é o ar para os pássaros.
Não toma como exemplo a cotovia [pássaro típico da Europa] quando pode ser uma águia."
O documento foi encontrado em 6 de maio, quando a chave e o segredo do cofre em que estava guardado foram finalmente achados. O coordenador de Unidade de Educação Infantil, Dario Schneider, explica que o cofre em questão não costuma ser aberto e a chave passou por vários diretores nessas seis décadas. "Pessoas mais antigas da instituição diziam que tinha uma relíquia, mas ninguém mexia lá", disse Schneider.
O coordenador trabalha no colégio há 16 anos, mas conta que não sabia sobre a relíquia. "Eu precisei de um momento para pensar e compreender tudo o que isso significa. É um tesouro que brilha, representa vida. É um legado para nós", lembrou emocionado.
Com a descoberta, alunos do ensino médio têm demonstrado mais interesse pela física. Schneider acredita que o fato incentiva a formação de novos físicos gaúchos.
Os documentos foram encaminhados a uma perita judicial, que comprovou a veracidade da assinatura de Albert Einstein. Foram usadas imagens oficiais, disponibilizadas pelo Instituto Oswaldo Cruz, para fazer a comparação.