Jornal Correio Braziliense

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Federais ameaçam fazer greve nacional por atrasos em repasses do MEC

Professores e servidores analisam possibilidade de paralisação em todo o país a partir da próxima semana



A situação de precariedade que universidades federais enfrentam devido ao atraso e à redução nos repasses pelo Ministério da Educação (MEC) tem aumentado a chance de docentes aderiram a uma paralisação nacional na próxima semana. A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) definiu indicativo de greve para 28 de maio. Os estados decidem até lá se vão aderir ao movimento. Servidores técnico-administrativos das federais do Rio de Janeiro e de Minas Gerais também estão mobilizados em torno de reivindicações relacionadas a condições de trabalho.

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[SAIBAMAIS]Para a vice-presidente da Andes, Marinalva Oliveira, a situação atual é resultado de um crescimento mal planejado das instituições públicas, agravado pela crise financeira. ;As universidades vivem um quadro de aprofundamento da precariedade das condições de trabalho. A situação que transbordou agora tem a ver com um processo de expansão descontrolada do ensino superior;, afirma. Ela reclama que há falta de diálogo com o MEC, que não recebe a entidade desde abril de 2014. Em reunião no último dia 14, o Ministério do Planejamento admitiu que não há previsão de concursos para este ano. ;Há uma descrença muito grande em relação a quaisquer respostas do governo;, acrescenta. A categoria reivindica uma restruturação da carreira e valorização salarial, além de mais investimentos no setor.

Na Universidade Federal Fluminense (UFF), o clima é de mobilização. ;Professores e alunos estão muito revoltados com a carência de tudo. Alguns setores estão sendo paralisados, tem prédio sem elevador, falta água, tem turmas com muito mais estudantes do que deveria;, conta Renata Vereza, presidente da ADUFF, entidade que representa os docentes. A categoria decide na quinta-feira (21) se entra em greve. A possibilidade de paralisação também será discutida nos próximos dias na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMGS). Ainda não há definição sobre a questão na Universidade de Brasília (UnB).

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