Jornal Correio Braziliense

Brasil

Monitoramento da dengue no Rio detecta 250 novos casos nesta semana

Coordenador do Info Dengue, Flávio Coelho, disse que embora haja um crescimento do número de casos em relação às semanas anteriores, %u201Cnão é nada alarmante%u201D



Coelho avaliou que é difícil prever se a tendência crescente de casos de dengue observada até o momento se manterá. ;A dengue sofre muita influência do clima. Se a temperatura baixar até a semana que vem, a gente deve observar um decréscimo, mas não sabemos o que vai acontecer;.

Hoje, o que existe de concreto é uma tendência de elevação do número de casos novos. Coelho destacou que o Rio de Janeiro está longe de uma situação epidêmica para este ano, como ocorre em São Paulo, apesar de ser ;pouco acima do nível onde a gente diria que não tem nada acontecendo;.

O número de casos novos cresce de forma paulatina há cerca de dois meses. Nos sete dias imediatamente anteriores aos dos dados reportados pelo SUS, foram registrados 215 casos.

Segundo o Info Dengue, algumas áreas da cidade não mostram expansão significativa. Os casos se mantêm estáveis e até apresentam tendência de queda, no centro da cidade, na Tijuca e no bairro de Santa Cruz, na zona oeste. As regiões que ampliaram o nível de alerta, com probabilidade de transmissão da doença, abrangem a zona sul carioca, os bairros da Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Campo Grande e Bangu, na zona oeste, Méier e adjacências e Bonsucesso, na zona norte.

O Info Dengue monitora a incidência da doença em dez áreas da cidade (zona sul, Tijuca e adjacências, Méier e adjacências, centro, Bonsucesso até ilha do Governador, Madureira e adjacências, Barra da Tijuca e Jacarepaguá, Bangu e adjacências, Campo Grande e adjacências e Santa Cruz e adjacências). Os dados podem ser acessados na página do Info Dengue. A intenção é estender o monitoramento em tempo real para a região metropolitana do Rio de Janeiro, em 2016, disse Flávio Coelho. ;Estamos trabalhando para isso;.

O coordenador do Info Dengue disse que 2014 foi um ano atípico. ;Não houve dengue, praticamente. Nós não tivemos epidemia. O número foi abaixo do normal;. A umidade atual pode explicar o aumento observado esta semana em comparação à mesma semana do ano passado. ;Nós começamos o ano muito seco, a dengue não apareceu porque os mosquitos não se reproduziram. Não tinha chuva. Agora está chovendo, eles estão podendo se reproduzir e a gente continua com calor. Nós estamos com a temperatura quente o que é bom para os mosquitos. Se baixar demais eles ficam prejudicados;.

O coordenador do Info Dengue avaliou que o mais provável é que, na medida em que avance para a estação do inverno, a temperatura cairá. ;E quando ela cair, é muito difícil a gente conseguir sustentar a transmissão da doença nos meses de junho, julho e agosto. A menos que tenhamos uma elevação muito atípica de temperatura;. Os números são atualizados semanalmente. A próxima leitura está programada para segunda-feira (27/4).