O Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou, nesta quinta-feira (16/4), sete ex-agentes fiscais por suspeita de lavagem de dinheiro. Conhecida como a "máfia do ISS", o grupo cobraria propina de construtoras e incorporadoras de imóveis durante o processo de quitação de impostos. O esquema deixou um rombo de R$ 500 milhões nos cofres municipais.
Entre os citados na ocasião estão os ex-funcionários da prefeitura de São Paulo, Ronilson Bezerra Rodrigues e Eduardo Horle Barcellos, a esposa de Ronilson, Cassiana Manhães Alves, o empresário Marco Aurélio Garcia, o contador Rodrigo Camargo Remesso e o servidor público Fábio Camargo Remesso, irmão do atual secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia (DEM).
De acordo com o MP, os crimes foram cometidos pela máfia entre 2010 e 2013. Com contratos de gaveta, Marco Aurélio Garcia repassou, segundo as investigações, três imóveis a Ronilson Rodrigues e Fábio Remesso. O empresário alugava duas salas comerciais no Largo da Misericórdia, no Centro de capital paulista, onde o grupo se reunia.
Também estavam registradas, nessas salas comerciais, as sedes das empresas Pedra Branca Assessoria e Consultoria Ltda., da qual Ronilson Bezerra e Cassiana Manhães eram sócios; LZG Consulting Consultoria e Gestão Empresarial Ltda., da qual Marco Aurélio Garcia era sócio, ambas utilizadas para lavagem de dinheiro.
Ronilson Rodrigues, Eduardo Barcellos e Cassiana já estão sendo processados por formação de quadrilha, associação criminosa e concussão (exigir dinheiro ou vantagem com base em função pública) perante a 21; Vara Criminal do Foro Central da Capital.