Jornal Correio Braziliense

Brasil

Funcionários com salários atrasados 'abraçam' Santa Casa de São Paulo

manifestação reuniu cerca de 70 pessoas, que caminharam em silêncio pelos arredores do hospital

Médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e funcionários da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo protestaram na manhã desta quarta-feira (1;/4) com um abraço simbólico ao prédio da instituição.



A manifestação teve por objetivo reivindicar o pagamento de salário e décimo terceiro (com as respectivas multas por atraso), além de mudanças administrativas. A crise financeira impediu que os pagamentos fossem feitos no fim do ano passado.

;Mudanças na administração precisam ser feitas para salvar a instituição. Reivindicamos uma administração mais transparente, moderna e ágil. Precisamos de uma reforma do estatuto para permitir esta flexibilização. Queremos, além disso, eleição do diretor clínico, plano de cargos, salários interno e pagamento de todos os direitos trabalhistas em atraso;, disse o presidente do Sindicato dos Médicos, Eder Gatti.

A manifestação reuniu cerca de 70 pessoas, que caminharam em silêncio pelos arredores da Santa Casa. Segundo os sindicatos, A instituição emprega 600 enfermeiros e 1,5 mil médicos.

Segundo Gatti, dos 1,5 mil médicos, 500 estão sem receber salários atrasados de novembro e nenhum recebeu o décimo terceiro. Os sindicatos são contra a sugestão da direção do hospital, de quitar os pagamentos em 36 parcelas.

Representantes sindicais acompanham a venda de um imóvel avaliado em R$ 60 milhões, destinados à quitação das dívidas trabalhistas da Santa Casa. Eder Gatti defendeu uma mudança na estrutura administrativa para acelerar o processo.

;As coisas andariam mais rápido se a administração fosse mais flexível, mais objetiva. A Santa Casa tem um estatuto que mantém há vários séculos a mesma forma de administração. Isto precisa mudar;, acrescentou.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Santa Casa informou que não irá se pronunciar.