Jornal Correio Braziliense

Brasil

Garis do Rio recusam proposta de reajuste salarial e permanecem em greve

Com a paralisação, vários bairros da cidade estão sem coleta de lixo, que se acumula nas calçadas e caçambas da companhia

Os garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do município do Rio de Janeiro (Comlurb) decidiram hoje (18), após nova audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), manter a greve iniciada na última sexta-feira (13). Após a audiência, os trabalhadores seguiram em passeata pelas ruas do centro do Rio.

No TRT, os representantes dos trabalhadores não aceitaram a proposta da empresa, de reajuste salarial de 7,7% e manutenção do vale-refeição no valor unitário de R$ 20. A procuradora Deborah Felix, do Ministério Público do Trabalho (MPT), refez a proposta para aumento de 8%, pagamento de horas extras para a chefia de coleta, auxílio funeral de R$ 800 e manutenção do valor atual do vale-refeição. Os representantes do sindicato da categoria não aceitaram a sugestão e mantiveram a greve.

Os garis reivindicam aumento salarial de 40% e reajuste do vale-refeição dos atuais R$ 20 para R$ 27. Anteriormente, a prefeitura do Rio subiu a proposta de aumento no salário de 3% para 7%. A Justiça do Trabalho declarou a greve ilegal, já que não houve notificação de paralisação com 72 horas de antecedência, como exige a lei, e o TRTrabalho determinou que pelo menos 75% do efetivo mantenha a limpeza da cidade.

Com a paralisação, vários bairros da cidade estão sem coleta de lixo, que se acumula nas calçadas e caçambas da companhia. A Comlurb havia informado, por meio de nota, que devido à greve, um plano de contingência foi acionado a fim de amenizar os transtornos para a população. O TRT julgará, nos próximos dias, a legalidade da paralisação da categoria.

Até a edição desta matéria, a Comlurb não se pronunciou sobre a recusa do acordo.