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Homem considerado o maior desmatador da Amazônia tem regalias na prisão

A cela é equipada com aparelho de ginástica, cafeteira, placa de internet e impressora



Diante da irregularidade, o MPF encaminhou, nesta terça-feira (10/9), um ofício à Justiça Estadual e à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) para pedir o fim de privilégios.

Ezequiel Castanha foi detido pela Polícia Federal no último dia 21. A prisão é resultado da operação Castanheira, realizada em agosto do ano passado. Segundo o MPF, a quadrilha encabeçada por Ezequiel é considerada a maior organização criminosa especializada em grilagem de terras e crimes ambientais no sudoeste paraense.

O grupo invadia terras públicas, desmatava e incendiava as áreas para formação de pastos, e depois vendia as terras como fazendas. O dano ambiental, já comprovado por perícias, ultrapassa R$ 500 milhões. Ao menos 23 integrantes da quadrilha foram denunciados. Eles podem responder por 17 crimes. As penas variam de 13 a 55 anos de prisão.

Exoneração

Na tarde desta terça-feira, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe-PA) divulgou nota oficial em que diz não tolerar a existência de regalias ou objetos proibidos pela lei de execução penal ou regimento interno das unidades prisionais para detentos custodiados no Pará.

A nota informa que a Susipe determinou a imediata exoneração do diretor do Centro de Recuperação Regional de Itaituba, onde está Ezequiel Castanha, e que os objetos não permitidos foram retirados da cela.

A Susipe também informou que a Corregedoria-Geral do órgão está em deslocamento para Itaituba, ainda nesta terça-feira, a fim de colher depoimentos de servidores e responsabilizar quem facilitou a entrada dos itens indevidos na unidade prisional, o que será feito por meio de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD).