A segurança no interior das instalações esportivas durante os Jogos Olímpicos de 2016 será de responsabilidade do governo federal e poderá contar com homens do Exército e da Força Nacional.
De acordo com Andrei Rodrigues, da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, o modelo de segurança será definido em até 60 dias. A exemplo da Copa do Mundo, ele contará com um Centro Integrado de Comando e Controle estadual.
O modelo, que integra mais de 20 instituições das três esferas de governo, foi apresentado hoje (24) a representantes do Comitê Olímpico Internacional, que estava semana concluem a oitava visita ao Rio.
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Rodrigues informou que ainda não é possível falar de efetivo ou de gastos. Acrescentou que a necessidade de contratar agentes privados ou de trabalhar apenas com os públicos e de que instituições levará em consideração que cada equipamento esportivo tem uma especificidade, já que as Olimpíadas terão 28 modalidades esportivas.
"A realidade de cada instalação é distinta e tem impacto do calendário, nível dos atletas, países que estarão participando e da avaliação de risco. É uma série de critérios", explicou.
Ontem (23), o secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, informou que a decisão de entregar a responsabilidade ao Poder Público foi tomada recentemente e deve gerar uma economia de investimentos sobre a contratação única de seguranças de empresas privada. "Há possibilidade de baratear significativamente", afirmou.
Militares da ativa ou da reserva devem ser chamados para o serviço, que pode render o pagamento de horas extras. As decisões ainda serão tomadas, assim como a definição de os militares usarem fardas e se ficarão armados ou não.
O diretor de Segurança do Comitê Rio 2016, Luiz Fernando Correa, confirmou que os postos de segurança serão atribuição do governo federal. Destacou que forças públicas são mais baratas, inclusive por questões trabalhistas.
"Em um posto de 24 horas para cobrir, tenho o limite da lei trabalhista. Então, precisaria de quatro homens. Um agente público cobre o expediente", assegurou. Segundo ele, o comitê passará os requerimentos de segurança ao governo federal, que poderá ou não contratar agentes privados além dos públicos.
* Colaborou Tâmara Freire, repórter da Rádioagência Nacional do Rio de Janeiro